DDUP #2
Diário não é, exatamente, uma palavra que se adequa ao que escrevo. Não é, afinal, "diário". Mais pelas complicações que acontecem do que por falta de vontade.
Enfim.
A madrugada de anteontem foi terrível. O meu telefone me acordou antes do sol nascer, gritante e piscante. A voz que gritava e chorava, do outro lado da linha, ainda não saiu da minha cabeça. E, acredito, nunca vai sair.
"Ela morreu!", o garoto gritava. "Vem pra cá agora!"
E eu não entendia. Sabe quando tudo parece lento demais, surreal demais, até que todos os sentimentos batam de uma só vez, rasgando o seu peito? Pois é.
Ela morreu.
Passei o resto da noite esperando outra ligação, já que a primeira tinha caído, sem sucesso. Levantei como se nada tivesse acontecido, apesar do rosto inchado e da apatia, me arrumei e fui pra faculdade, na esperança de me distrair, tirar da minha cabeça a voz e do meu peito a dor. Mas não deu. Acabei voltando, sem coragem de continuar ouvindo sobre mortes e curas.
A minha vida já é cheia demais da primeira e ausente demais da segunda. Ouvir a teoria por trás delas não torna nada melhor, nem pior. Só torna mais firme a realidade.
E a dor que ela traz.
Peguei o primeiro ônibus que consegui e fui pra casa dela. Só pra ver, de perto, a desgraça e a tristeza. Choro. Dor. Sofrimento.
E ela. Imóvel, como se dormisse, com os lençóis imundos de sangue.
O dia foi de apoio à família, até chegar em casa e perceber o que tá voltando a acontecer.
Alguém começou a matar as pessoas que eu amo pra compensar as pessoas que ele amava que eu matei.
Enfim.
A madrugada de anteontem foi terrível. O meu telefone me acordou antes do sol nascer, gritante e piscante. A voz que gritava e chorava, do outro lado da linha, ainda não saiu da minha cabeça. E, acredito, nunca vai sair.
"Ela morreu!", o garoto gritava. "Vem pra cá agora!"
E eu não entendia. Sabe quando tudo parece lento demais, surreal demais, até que todos os sentimentos batam de uma só vez, rasgando o seu peito? Pois é.
Ela morreu.
Passei o resto da noite esperando outra ligação, já que a primeira tinha caído, sem sucesso. Levantei como se nada tivesse acontecido, apesar do rosto inchado e da apatia, me arrumei e fui pra faculdade, na esperança de me distrair, tirar da minha cabeça a voz e do meu peito a dor. Mas não deu. Acabei voltando, sem coragem de continuar ouvindo sobre mortes e curas.
A minha vida já é cheia demais da primeira e ausente demais da segunda. Ouvir a teoria por trás delas não torna nada melhor, nem pior. Só torna mais firme a realidade.
E a dor que ela traz.
Peguei o primeiro ônibus que consegui e fui pra casa dela. Só pra ver, de perto, a desgraça e a tristeza. Choro. Dor. Sofrimento.
E ela. Imóvel, como se dormisse, com os lençóis imundos de sangue.
O dia foi de apoio à família, até chegar em casa e perceber o que tá voltando a acontecer.
Alguém começou a matar as pessoas que eu amo pra compensar as pessoas que ele amava que eu matei.
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